17/5/2018
Doença mata duas mil pessoas por ano
Jogador de futebol pode ser asmático e continuar no esporte? Sim, desde que a doença esteja controlada, segundo o Dr. Flávio Sano, vice-presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). "Em pacientes com doenças crônicas, a atividade física contribui para aumento da capacidade funcional e respiratória, melhora da qualidade e da expectativa de vida", afirma o especialista.
A asma é responsável pela morte de 2 mil adultos e crianças por ano, e a falta de informação é um dos fatores que mais contribuem para os óbitos pela doença respiratória, a mais prevalentes do mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 235 milhões de pessoas sofram de asma.
BIE - Outra doença muito comum que pode acometer o atleta é o broncoespasmo induzido por exercício (BIE), caracterizado pela obstrução transitória das vias aéreas.
Dependendo do tipo de esporte, até 50% ou mais dos atletas podem apresentar sintomas de BIE após a partida de futebol, tais como dispneia, tosse, sibilância, aperto no peito ou desconforto respiratório, principalmente aqueles com asma. "É muito importante que um especialista em asma faça parte da equipe médica dos clubes de futebol para que o atleta possa receber o tratamento adequado, garantindo a permanência dele na prática do esporte de forma segura", alerta Dr. Sano.
O BIE pode ocorrer em praticantes de qualquer esporte, entretanto, é mais frequente naqueles que competem em esportes de resistência, como o futebol e natação, por exemplo, que tem uma demanda ventilatória maior e mais sustentada que nos atletas de explosão.